Cazaquistão cria fundo de criptomoedas de até US$ 1 bilhão
O governo do Cazaquistão está se preparando para criar um fundo nacional de reserva de criptomoedas que pode variar entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão. Essa informação foi compartilhada pelo Bloomberg na última sexta-feira (7). A ideia é que o fundo, programado para ser lançado no início de 2026, sirva para coletar ativos digitais que foram apreendidos ou que precisam ser repatriados do exterior. Além disso, o fundo contará com recursos derivados de operações de mineração, que são apoiadas pelo Estado.
Em vez de simplesmente guardar criptomoedas, como o Bitcoin, o fundo terá um foco mais estratégico. Ele investirá em ETFs e empresas que estão ligadas ao setor cripto. Essa iniciativa marca um passo importante no processo de institucionalização das políticas sobre criptomoedas no Cazaquistão. O país vem desenvolvendo há alguns anos suas experiências com a mineração estatal e estabelecendo regulações para mineradores privados.
Conforme o Bloomberg, o projeto será gerido por um fundo de investimento estatal, e há a possibilidade de parcerias com investidores estrangeiros uma vez que o programa esteja funcionando. O Centro Financeiro Internacional de Astana (AIFC), que é o principal hub do Cazaquistão para inovação em blockchain e fintechs, supervisionará esse plano.
Antes, as autoridades do Cazaquistão já haviam falado sobre a criação dessa reserva de criptomoedas. A Agência de Monitoramento Financeiro deixou claro que a intenção é “reutilizar” criptomoedas que foram obtidas de maneira ilícita ou que foram confiscadas, convertendo-as em uma reserva estatal que fortaleça a soberania econômica do país.
Até junho deste ano, o Cazaquistão era responsável por cerca de 13% do hashrate do Bitcoin, ou seja, a capacidade de mineração. Isso aconteceu depois que o país apreendeu US$ 200 milhões em equipamentos ilegais durante apagões em 2022.
Essa nova proposta representa uma mudança significativa na abordagem do Cazaquistão ao integrar as criptomoedas na economia. Em vez de apenas encarar o setor como um desafio regulatório, o país está começando a tratá-las como uma ferramenta estratégica de investimento público.





